KALUPETEKA APELA PARA A SUA TRANSFERÊNCIA PARA O HUAMBO


KALUPETEKA APELA PARA A SUA TRANSFERÊNCIA PARA O HUAMBO

Lobito, 06.05.2017

No pretérito dia 4, representantes da AJS, OHI, OMUNGA e Movimento Revolucionário de Benguela, realizaram mais uma visita à penitência de Benguela, com o propósito de manterem o acompanhamento de José Julino Kalupeteka.

Antes de manterem o contacto directo com o recluso, a equipa foi recebida pelo director da instituição, António Adriano, que salientou estarem a fazer o maior esforço possível no sentido de garantirem melhor segurança ao recluso.

Posteriormente, Alfredo Eculica, chefe de inspecção provincial dos serviços prisionais de Benguela, mostrou descontentamento pela notícia publicada pelo Club-k com informações sobre a visita realizada no dia 23 de Fevereiro de 2017, pelo facto de não constar com as informações da conversa da visita; a foto usada na notícia não ser uma foto recente do recluso; a notícia deu a impressão que o recluso contraiu os problemas de gastrite naquele estabelecimento, o que não corresponde à verdade já que o mesmo tinha a referida doença mesmo antes de ser preso.

Já Nelson Mussungo, chefe de reabilitação penal, salientou que não tem havido impedimentos nas visitas ao recluso, incluindo as filhas de Kalupeteka.

A equipa considerou que Kalupeteka apresentava melhor aspecto comparativamente com a visita anterior, que foi confirmado pelo próprio, ao esclarecer que já não tem sentido dores do estômago, uma vez que agora têm autorizado as suas filhas a entregar-lhe comida, três vezes ao dia, conforme lhe é receitado.

Kalupeteka garantiu que tem estado diariamente com as filhas que já têm permissão para lhe fazer a entrega da comida, mas por falta de documentos pessoais, continuam a não ter autorização para terem acesso à sala de visitas, conforme esclareceu o reeducador Nelson Mussungo. Segundo este, devido a esta situação, as filhas de Kalupeteka poderão passar a ter acesso ao sector de reeducação e assim conversarem com o seu pai, mas na presença de um reeducador.

Mais uma vez, Kalupeteka solicitou o apoio para que possa ser transferido para a penitenciária do Huambo. Conforme já tinha exposto na visita feita pela comitiva da sociedade civil, em 23 de Fevereiro, o clima quente e húmido de Benguela, não ajuda na sua condição de saúde. Por outro lado, não tem familiares em Benguela, pelo que as filhas tiveram que alugar um espaço onde permanecem e não têm fontes de sobrevivência.

De acordo às informações prestadas pelo chefe provincial da inspecção dos serviços prisionais, a referida transferência não foi efectuada por questões de segurança, já que considerou que Kalupeteka possa estar em risco de vida.

As organizações da sociedade civil, concluíram no entanto que devem intervir junto da direcção provincial e da direcção nacional dos serviços prisionais no sentido de se analisar a melhor forma para que se possa realmente efectuar a transferência de Kalupeteka em condições de segurança.

Acompanhem as palavras de Livulo Prata, membro do Movimento Revolucionário de Benguela e que integrou a comissão que visitou Kalupeteka.

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