Em alusão ao dia 8 de Março, a Omunga dentro do projecto “Documentos para Todos” juntou mulheres refugiadas de diferentes nacionalidades africanas, em Luanda, para refletirem os principais problemas que têm enfrentado em Angola.
Na ocasião puseram em mesa a questão da documentação dos refugiados, que ainda não foi resolvida, a impossibilidade dos seus filhos adquirirem a cédula e o bilhete de identidade, facto que condiciona a continuidade dos estudos; bem como o caso de muitas vezes as mulheres serem impedidas de trabalharem pela mesma razão
A activista, Laura Macedo, que esteve a facilitar o diálogo não se limitou em ouvir as dificuldades, porém as incentivou a apontarem as soluções para a resolução dos males acima citados.
Dentre as soluções apresentadas, a esposa do vice-cônsul do Senegal declarou que a verdadeira informação sobre os documentos dos refugiados não tem sido bem transmitida. Entretanto, apela ao Serviço de Migração Estrangeiro (SME) que se manifeste aos órgãos de comunicação social, a fim de esclarecer estas informações.
Para acrescentar, a nova responsável de protecção do ACNUR, Ana Luísa garantiu às mulheres presentes que a “documentação é prioridade para este ano-” e que a instituição a que representa vai continuar “com muita força” na questão da advocacia aos organismos que trabalham directamente com os refugiados, no sentido dos mesmos perceberem a tamanha importância destes documentos.
Assegurou, por outra, que a nova equipa do ACNUR vai trabalhar no mapeamento das “instituições que mais dão problemas”, desde escolas, universidades, bancos, lojas de registos e AGT, a fim de poderem abrir uma excepção a estes cidadãos, enquanto prosseguem com tratamento jurídico-legal.
A actividade contou com a presença de representantes das instituições como ACNUR, JRS e Rede de Protecção aos imigrantes e Refugiados e as mulheres dos países Burundi, Rwanda, Senegal, Serra Leoa, Guiné Conacri, Mali, RDC e Angola.