RESUMO DA 8ª EDIÇÃOO DO PROGRAMA RADIOFÓNICO “CORRUPÇÃO É CRIME”


TEMA: A VISÃO DA IGREJA SOBRE A PREVENCÃO E COMBATE À CORRUPÇÃO

Convidados: Pe. Alberto Menezes e P. Vasco Chinate

“A igreja é das instituições sociais a par da família e da escola, o que faz com que tenha responsabilidades acrescidas na prevenção e combate a corrupção”. Esta foi uma das frases proferidas pelo padre Alberto Menezes, quando lhe foi colocada a questão sobre o enfrentamento da corrupção, como líder religioso.

Ainda em entrevista ao programa radiofónico Corrupção é Crime, Padre Alberto Menezes destaca que é preocupação grande da igreja, que as pessoas estejam revestidas de uma moral que seja capaz de estabelecer uma sociedade conforme estabelecida antologicamente, que a igreja naquilo que são os seus programas e doutrinas sociais tem  de alertar e ajudar as pessoas para se demarcarem deste tipo de situação que é a corrupção, por essa razão, a corrupção coincide com a boa notícia, e tudo que a igreja tem feito é sempre estabelecer um reino de fraternidade de paz e de igualdade. Portanto, acções da igreja vêm sempre direta ou indiretamente ajudar as pessoas a se desmarcarem deste tipo de comportamento, e é sempre a grande preocupação da igreja e sobretudo no nosso país.

Por outro lado, o Pastor Vasco Chinate contribui com a mesma visão do Padre Alberto, que o papel fundamental da igreja é renovar a natureza humana, ganhar aquilo que perdemos. Na visão do Pastor, a corrupção faz parte exatamente daquilo que não deveria ter vindo, a falta de amor ao próximo. “Temos visto que a corrupção não passa de uma pessoa apoderar-se daquilo que é de todos e quando alguém faz, assim é porque não quer que o outro esteja tão bem assim, quando a pessoa quer isso do outro, considera-se aí a falta de amor, e de consideração e de apreço aos outros. Nesse caso a igreja vem promovendo essa doutrina do amor especialmente no que se refere ao amor aqueles que nos são próximos e nós como cidadãos angolanos temos que velar pelo amor e a igreja prega esse evangelho sem pendor”, disse o pastor.

 Questionado se a igreja tem levado a mensagem sobre a corrupção aos fiéis, o Padre Alberto Menezes explica que o evangelho é sempre uma proposta, cabe depois a quem aceitar a mesma proposta, por em prática e naturalmente, um cristão comprometido deve acatar, os fiéis vão fazendo esses esforços naturalmente com a graça de Deus, no sentido de poderem abraçar o evangelho, porque a mensagem da igreja é a conversão, para que as pessoas se convertam, para que as pessoas sigam a Jesus. “Portanto não podemos ou a igreja não deve viver de estatísticas, pois podemos dizer que é de facto a presença das pessoas dos irmão na comunidade, o melhor que se vai fazendo em relação a fraternidade solidariedade dá-nos uma imagem de que há uma preocupação grande dos irmãos em mudarem, em renovarem-se alias, essa é a mensagem nossa do JUBILEU “renovar e renovar-se” e nessa mensagem penso que todos nós estamos envolvidos nesta luta de que todos podemos nos renovar para o estabelecimento de uma sociedade cada vez mais justa e igualitária”

O QUE É NECESSARIO PARA QUE AS IGREJAS ESTEJAM NA POSIÇÃO CERTA PARA O COMBATE À CORRUPÇÃO.

Padre Alberto Menezes afirma que a igreja está na linha da frente em relação a luta contra a corrupção como um mal social, que a corrupção não tem um rosto específico, ela pode sair no rosto de uma para outra pessoa porque as vezes as pessoas esquecem e confundem qual é o alvo abater, o alvo abater não são as pessoas, mas sim a corrupção, e a corrupção começa no coração do ser humano. Portanto a igreja está na linha de frente porque é a instituição mais velha e mais antiga a trabalhar na renovação do mal do coração humano.

Deixando uma mensagem, Padre Menezes diz que a igreja não é a favor da corrupção e nunca será, mas a igreja não tem um papel político, no sentido partidário.

Em conclusão, o pastor Vasco Chinate, conclui afirmando que a corrupção é crime, e como instituições religiosas a corrupção é pecado. Deixando também uma mensagem de reflexão para a sociedade, os fiéis e os cristãos, para que se libertem deste mal (corrupção), ou se alguém de algum modo estiver a se envolver com este acto, que possa deixar e desvincular-se daquilo que não é bom para ele próprio e para a sociedade no geral.

Texto: Feliciana Mussunda

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