São cerca de 60 famílias camponesas no município do Lobito, que correm o risco de serem expropriadas de suas lavras por uma empresa não identificada.
Texto: Loraine Panela
Desde 1992 que as 60 famílias usam o espaço para os cultivos diversos produtos, segundo os camponeses a ameaça começou em 2014 quando apareceu um chinês sem documentos que mandou vedar o local, a polícia reagiu a favor dos agricultores, proibindo a vedação, porém, a vedação continuou a ser feita nos períodos noturnos por falta de conhecimento os camponeses não reagiram. Depois de três anos, os mesmos começaram a sofrer pressão por parte da Administração municipal do Lobito para abandonarem o local, desta feita, recorreram ao Polo Industrial de Desenvolvimento da Catumbela – PIDC, a mesma acalmou-os dizendo que a empresa não apresentava nenhum tipo de Documento de propriedade. Até ao momento, as famílias continuam a sofrer ameaças.
O responsável pela área de resolução de casos e conflitos da Omunga, Alberto César, contactou a PIDC, a mesma afirma existir uma proprietária do espaço com documentos legalizados, sendo assim a instituição vai passar uma declaração para que os camponeses exerçam o trabalho de forma provisória. Porém a Omunga pretende trabalhar junto das instituições de direito afim de ajudar os camponeses na aquisição de documentos que apresentem os mesmos como proprietário das terras, e não só para que seja salvaguardados os direitos dos camponeses em continuarem a usar aquelas terras para sustentarem as suas famílias.
Estão em causa cerca de 3 hectares de terras em risco de expropriação de um grupo de camponeses composto maioritariamente por idosos que tiram destas terras a sua subsistência.