WILLIAN TONET CONSIDERA UMA INJUSTIÇA O CASO DOS 3 PRESOS POLÍTICOS EM MALANJE


Texto: David Nahenda

O Director do Jornal Folha 8 sabe que os activistas tem um outro sentimento de nobreza e que têm uma outra noção de prisão, mas apela  ao Vice-presidente República, Bornito de Sousa, que se lembre dos injustiçados.  Wiliian Tonet falava ontem em Benguela, em mais uma edição do  Quintas de Debates organizada pela Associação Omunga do Lobito.

Willian Tonet  defende que se os presos “políticos” atiraram pedras não foram contra ele, mas, sim, contra fome, injustiça e má governação. E defende também que o segundo líder da nação, Bornito de Sousa, tinha a missão de reunir com os  três presos para uma conversação.

“À mim repugna porque estive na cadeia com a sua Excelência Vice-presidente, Bornito de Sousa. Estivemos presos no tempo colonial, acompanhamos os nossos pais”, enfatiza.

Wiliian Tonet duvida que o “filho de um religioso”, Bornito de Sousa, tenha noção do que é a denuncia de um forte diante de um fraco, apesar do que ambos testemunharam quando eram mais novos.

“Mas o Bornito de Sousa, hoje Vice-presidente, conheceu na cadeia populações que foram injustiçadas por reclamarem, as mulheres de Bolongongo e de Camabatela que estiveram conosco no Campo de São Nicolau, as autoridades tradicionais mataram maior parte dos maridos. Eu pensei que ele tivesse noção do que é injustiça. Se ele se lembrar, vai retirar a queixa”, concluiu.

Lembrar que os três jovens de Malanje foram presos no mês de abril. Justino Valente, Afonso Mwachipuculu e António Fernandes estão condenados a 5 e 7  meses de prisão, acusados de atirarem pedra na caravana do Vice-Presidente depois da cerimónia oficial do 4 de Abril.

 

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