26 de 10 de 2018
Com o objectivo de levantamento, divulgação e resolução dos problemas das comunidades em conflitos de terras no Cunene, realizou-se na casa 270 do bairro Pioneiro Zeca, em Ondija aos 26 de Outubro do ano em curso, a edição do programa QUINTAS DE DEBATE subordinado ao tema: Os conflitos de terras no Cunene e as consequências nas comunidades autóctones, uma promoção da OMUNGA e a associação Ame Naame Omunu (ANO).
Com o objectivo de levantamento, divulgação e resolução dos problemas das comunidades em conflitos de terras no Cunene, realizou-se na casa 270 do bairro Pioneiro Zeca, em Ondija aos 26 de Outubro do ano em curso, a edição do programa QUINTAS DE DEBATE subordinado ao tema: Os conflitos de terras no Cunene e as consequências nas comunidades autóctones, uma promoção da OMUNGA e a associação Ame Naame Omunu (ANO).
Após a sessão de abetura proferida pelo Director Geral da ANO, Pe. Gaudêncio Felix, que sublinhou a importância da realização do referido evento em que os conflitos de terras é um problema que deve ser tratado com a maior precaução por serem problemas que afetam não só um grupo mas como também a todos os Angolanos. Adiante agradeceu a presença dos presentes, pedindo que houvesse abertura e participação durante os debates.
Após a intervenção dos representantes das comunidade do Curoca, Okambada, Okafuka e os de Omwoongo, que abordaram problemas que lhes afligem, sobretudo; os desalojamentos forçados, a falta de indeminização, a falta de dialogo das instituições públicas com a população, as prisões e sobretudo o medo que paira sobre as populações que ainda não foram afectadas pelos desalojamentos.
Os participanteschegaram as seguintes conclusões e recomendações:
Conclusões
- É importante a intervenção de vários actores social para o apoio das comunidades em conflitos;
- Os principais actores no desalojamento das comunidades são as administrações comunais;
- As comunidades devem estar firmes na preservação e divulgação dos valores culturais;
- Os projectos que dão origem as expropriações das terras das comunidades, não beneficiam directamente as mesma comunidades;
- Anova lei de terras deve ser mais divulgada para sua maior implementação afim de serem prevenidos não só problemas do presente como os do futuro;
- A divulgação dos problemas que vivem as comunidades de Ondjiva é ainda fraca
Recomendações
- Que as ONGs e outras Associações afins, articulem políticas de sinergias na intervenção junto das comunidades vulneráveis e não só;
- Encontros de género devem ser realizados de modo a pemitir que se encontrem estratégias para a resolução da problemática dos conflitos de terra;
- O Governo angolano deve rever a implementação da lei de terras, para que as comunidades vulneráveis tenham maior protecção;
- Que haja maior diálogo entre o governo e a população;
- O governo deve fazer a tradução dos pacotes legislativos na língua local.
- O governo deve resolver a situação escolar das crianças das famílias desalojadas uma vez que existem algumas que estão há mais de 3 anos sem irem para a escola.
Ondjiva aos 26 de Outubro de 2018.
Acompanhe os videos que retratam algumas momentos durante as intervenções no decorrer do debate:
Representante do Curoca – Precisamos do apoio do governo
Representante fala sobre os problemas da sua comunidade
Cidadão exorta o povo para a união na luta contra os desalojamentos em Ondjiva, Cunene
Deve haver maior participação nas acções do governo