OMUNGA PROMOVE ENCONTRO ENTRE MULHERES EM ALUSÃO AO 8 DE MARÇO


 

Alusivo ao dia Internacional da Mulher, a Omunga dentro do projecto “Documentos Para Todos” realizou um encontro de e para mulheres imigrantes e refugiadas, em Luanda, no dia 08/03, para uma reflexão e troca de experiência dos principais direitos das mulheres em Angola, com a participação da assistente do referido projecto, Laura Macedo, a diretora executiva do Observatório de Género, Delma Monteiro bem como, as Irmãs Neide Lamperti e Rozeli de Oliveira, da Comissão Episcopal da Pastoral para Migrantes e Itinerantes, CEPAMI.

Neste encontro de mulheres foram abordados dois temas de interesse público, Direitos Humanos das Mulheres em Angola e o Empoderamento da Mulher para a Consciencialização dos Seus Direitos. Delma Monteiro e as duas representantes do CEPAMI foram as respectivas oradoras no encontro.

Laura Macedo foi a responsável pela moderação, no início da actividade fez a leitura do discurso enviado pela União Europeia, uma vez que por razões desconhecidas os financiadores do projecto não puderam marcar presença.

Em plena dissertação sobre os Direitos humanos das mulheres em Angola, Delma Monteiro realçou a diferença existente entre a Mulher Imponderada e no Poder ou as que Têm Poder, “no poder são as que não tiveram que fazer nenhum sacrífico na vida e alcançaram os seus objectivos. Tiveram oportunidades e conseguiram chegar ao topo. Já as imponderadas foi por via de merecimento porque trabalharam no sentido para alcançar o que tanto sonharam, assim sendo, ambas as realidades precisam cada vez mais: estudar, se emancipar e ganhar um espaço para garantir, não só os seus direitos, mas também os das demais mulheres”.

Reforço ainda que tanto o homem que muitas vezes trabalha fora de casa quanto a mulher que é cuidadora do lar, merecem ser respeitados. “Quem vai trabalhar fora e quem trabalha em casa merece o mesmo respeito, nós não podemos baixar, muito menos reduzir a imagem das empregadas domésticas, das mulheres que dependem financeiramente dos seus esposos e cuidam somente das suas casas, maridos e filhos, porque independentemente disso temos todas os mesmos direitos.

Ao encerrar, Delma Monteiro reconheceu o esforço da Omunga ao desenvolver actividade do gênero e encorajou outras a seguirem o mesmo rumo, “precisamos arranjar meios para que de facto as mulheres vivam plenamente porque elas são divas de direitos tal como os homens”, frisou.

Empoderamento da Mulher para a Consciencialização dos seus Direitos foi o segundo tema discutido, nesta linha de pensamento, no sentido de ser mais pragmática, Rozeli de Oliveira, também preletora, ensinou uma breve dinâmica com as mulheres presentes, cujo foco serviu para destacar os “direitos que cada mulher tem plasmado na Lei universal”, desde a saúde, desenvolvimento, trabalho, respeito a sua dignidade, liberdade, alimentação adequada, água potável, paz e segurança.

Cada uma das mulheres foi desfilando com os papeis que continham os direitos acima citados, exibindo a sua beleza natural e os direitos que cada uma merece.

A Irmã Neide Lamperti, explicou ao grupo que aqueles todos direitos são reconhecidos e defendidos até os dias actuais pela Organização das Nações Unidas, ONU.

No final do evento teve momento de confraternização, na qual ocorreu troca de pratos típicos de algumas regiões do continente berço.

Dentre as nacionalidades presentes haviam mulheres da RDC; Costa do Marfim; Rwanda Guiné; Serra-Leoa; Mali; Somali e Angolana. Contou com uma participação de aproximadamente 25 mulheres.

Em entrevista aos microfones da Omunga, Fátima Njai fez uma avaliação positiva do encontro e mostraram-se satisfeitas pelo trabalho organizado, “foi muito importante, especial e aprendemos muita coisa, disse Fátima Njai, da Serra Leoa.

Texto: Mandy Assureira        

Revisão: Luísa Nambalo.

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