O PAPEL DA ESCOLA, FAMÍLIA, IGREJA E IMPRENSA NO COMBATE À CORRUPÇÃO


Foram esses os principais pontos analisados na palestra deste último sábado, 07 de Maio, levado a cabo pela Plataforma Cazenga em Acção-PLACA, no âmbito do projecto da Omunga, Corrupção é Crime, subordinado ao tema “As Autarquias Como Factor de Combate à Corrupção” realizado em Luanda, no distrito urbano do Hoji ya Henda, no auditório da Paróquia de Santo António.

A actividade contou com dois palestrantes, nomeadamente o professor e activista, Fernando Sacuaela, o qual abordou sobre o papel da Escola no Combate à Corrupção e a jornalista, Luísa Rogério que falou a respeito do papel da imprensa. Ambos concordam que a família é o elemento principal nesse combate.

No decorrer da apalestra, os oradores focaram-se em tratar da corrupção baixa, aquela que é verificada no nosso quotidiano, tais como: do professor ao aluno, do polícia ao taxista e a zungueira, do agente da ENDE ao cidadão, dos pais para com os filhos e vice-versa. “São essas práticas que parecem menos importantes que devem nos preocupar”, sublinhou o professor.

O professor Sacuela aquando da sua dissertação salientou que, a principal culpada de termos a sociedade de hoje, bastante corrupta é a família. Na sua visão, a família deixou de cumprir com as suas principais obrigações, especificamente cuidar da educação das crianças.

“A escola é por excelência o local de formação do tipo de pessoa que o Estado deseja. Os professores agem, no intuito de instruir os estudantes a optarem por boas actitudes diante da sociedade”, referiu o também activista. Avançou ainda, que a única forma de combatermos a corrupção é cada indivíduo fazer a sua parte, caso contrário, continuaremos alimentando esse mal que, principalmente prejudica a sociedade.

A jornalista Luísa Rogério aponta o elemento denúncia como sendo o primeiro mecanismo que a imprensa usa para combater a corrupção e aconselha os seus colegas de profissão, que antes mesmo de publicarem qualquer matéria ligado a esse tema, é necessário velarem pelo princípio do benefício da dúvida, investigar e comprovar os factos.

Os dois colegas de painel partilham da mesma opinião que, a igreja ocupa um papel imprescindível, contribuindo para a moralização da sociedade e nas denúncias de tais actos.

“Se quisermos combater a corrupção precisamos primeiramente reconhecer que somos falhos e diariamente fazer uma reflexão individual. Cada um precisa rever os seus comportamentos”. Finalizaram os oradores.

O evento contou com a participação do coordenador geral da associação, Kambolo Tiaka Tiaka, também esteve presente o responsável pela Comunicação e Relações Institucionais, Carlos Lupili que foi o moderador da palestra, pela Omunga participou a responsável pela área de comunicação em Luanda, Luísa Nambalo. O auditório ficou marcado maioritariamente pelos fiéis da igreja, jovens e activistas da PLACA.

A plataforma Cazenga em Acção – Placa existe desde 2020, é uma iniciativa juvenil da sociedade civil, localizada no município do Cazenga, sem fins lucrativos que tem como objectivo promover a cidadania, a democracia participativa e contribuir para o crescimento e desenvolvimento de Cazenga.

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