No universo de mais de cinquenta mil cidadãos refugiados, residentes em Angola, somente seiscentos e setenta e quatro foram ontem, 27 de Outubro, às urnas, eleger o novo coordenador geral, bem como, o líder da comunidade da RDC.
Segundo depoimento de um dos cidadãos, a fraca comparência justifica-se porque até ao momento encontram-se insatisfeitos e sem esperança diante das condições que vivem. A problemática da “documentação” é o que mais os preocupa.
As eleições ocorreram unicamente na capital do país por ser o espaço que mais alberga os cidadãos refugiados, desde congoleses, guineenses, marfinenses, mauritanos, somalis, sudaneses, eritreus, malianos, gambianos, Rwandenses e burundienses.
As mesmas, decorreram simultaneamente em duas localidades, uma no município do Kilamba-Kiaxi, no centro de refugiados do bairro Popular e outra em Viana-Sanzala.
Para o cargo de coordenador geral, o processo contou com três concorrentes, sendo que, dois da República Democrática do Congo e um do Sudão. Kalilu Ibrahim, do Sudão, foi o segundo candidato da lista, vencendo com o maior número de votação diante dos dois concorrentes da RDC, com 572 voltos.
O primeiro candidato, Kazembe Naweji perdeu com 41, já o último, Kalolekezo Malangi ficou com 20 pontos. 41 dos boletins de votos foram considerados nulos.
Na categoria de líder da comunidade da RDC, venceu Liloli Kawani com 32 votos e com 22 votos perdeu o candidato Mahamba Jean, pelo que, 7 dos votos foram tidos como nulos.
Como observadores externos desse acto, estavam presentes representantes da Administração Local, Ministério da Justiça e Direitos Humanos, Polícia Nacional e Diplomática, SME, ACNUR, JRS, CEPAMI e Omunga.
Kalilu Ibrahim substituiu o então coordenador cessante, serra-leonense, Baba Njai que liderou, dois anos e aproximadamente oito meses.
Por: Luísa Nambalo